Eu estou tentando me adaptar aos nãos, procurando um sim entre as pedras que atravessam o meu caminho.
12 de dez. de 2011
Se você quer saber...
Eu estou tentando me adaptar aos nãos, procurando um sim entre as pedras que atravessam o meu caminho.
21 de nov. de 2011
Pausa para conversa e jabá
Perdoem o meu sumiço. Andei ocupada com o trabalho e com o coração. Precisei dar uma pausa, mais longa desta vez, mas estou de volta. Eu sempre volto!
Aí embaixo já tem um post novo! = )
Aproveitando essa conversinha rápida, vou deixar aqui neste post, e depois ali no cantinho do blog, o link para o meu portfólio. Não sei se todos sabem, mas eu sou redatora publicitária. Trabalho em uma agência aqui em BH, mas estou procurando uns freelas também. É isso!
É só clicar aqui: Eu Redatora
Obrigada pela paciência e pela preferência.
Sabrina Davanzo
Sobre não desistir de buscar
Tenho pensado bastante sobre a vida ser uma questão de se aconchegar. Tudo o que a gente quer é estar confortável no emprego, na casa que a gente vive (seja ela grande ou pequena), com as pessoas que gostamos ao nosso redor.
É para ficar à vontade que a gente pinta o cabelo, faz tatuagem, opera o nariz. É por isso que mudamos de emprego, compramos quadros, fazemos textura na parede. Tudo é uma questão de nos aceitar e ajeitar o que temos para encontrarmos o nosso lugar (ele existe mesmo?) e podermos relaxar.
É por causa dessa zona de conforto que a gente não para de se mexer. É como fazer uma longa viagem de ônibus. Até chegar ao destino, tentamos encontrar uma posição para repousar. Seguramos o rosto com o cotovelo, fazemos o casaco de travesseiro, encostamos a cabeça no vidro (ah! a janela!). Dormimos no máximo uns dez minutos em cada posição e logo somos despertados pelos incômodos das câimbras, do aperto, do desajeito.
E começa tudo outra vez. É assim até a viagem chegar ao fim.
Desconfio que acontece o mesmo com a vida: há o tempo de descansar e de movimentar, apesar de passarmos uma boa parte dos dias buscando o conforto eterno, a imobilidade. Esperamos ansiosamente pela hora de aquietar com alguém, em um bom emprego, na casa dos nossos sonhos, mas eu temo que quando estivermos diante disso é porque a vida chegou ao final. Sempre vai existir um incômodo. Enquanto o ar entra e sai dos nossos pulmões, é impossível ficar parado.
Sabrina Davanzo
13 de out. de 2011
Deve ser por isso..
- Então ela me perguntou: Por quê? Por quê? POR QUÊ?
- E eu lhe respondi: Sinceramente? Não sei! Mas, aconteça o que acontecer, não olhe para trás. Não dê ouvidos e, principalmente, não deixe ele perceber que ainda a faz tremer.
-E o que ela achou disso?
- Deu de ombros. E me perguntou de que adianta ele não saber se ELA sabe. Ela queria não saber de nada disso também.
- Você tem ideia de por que essas coisas acontecem?
- Acho que é porque o tempo é meio como você.... Devagar. Demora muito para fazer as pessoas se afastarem umas das outras.
- Mas eu não pertubo...
- O que não quer dizer que não está lá, traçando o seu caminho e, invarialvemente, cruzando o de alguém que não o quer por perto.
Sabrina Davanzo
7 de out. de 2011
Notícias de mim
15 de set. de 2011
Aprende...
Aprenda de uma vez que tem coisas que acabam para sempre como se fosse proibido seguir em frente com elas.
No inicío, você quer espernear no meio da praça e pensa a cada maldito segundo na situação, entrando numa espécie de obsessão. Até cogita a ideia de desistir porque é bem capaz que você não aguente passar por isso.
Aí um dia, sem aviso prévio, você acorda e a coisa toda já esfriou. Você não chega a esquecer, mas lida com a história como se ela fosse um vaso no canto da sala que não incomoda ninguém.
O "para sempre" acontece enquanto você segue com a sua vida. Você sobrevive. E quer saber? Vai sobreviver sempre a todas essas coisas de pessoas e situações que não deram certo. Eu não estou aqui?
Vai passar, menina e tem mais: você acostuma, amadurece.
Então, agora relaxa! Aproveita que você não tem escolha e abre essa mão, desocupa o coração. Solta desse abraço e deixa ir de uma vez. Para que atrasar o que vai partir de qualquer jeito?
Sabrina Davanzo
6 de set. de 2011
(...)
É bonito quando chega o momento em que não existe mais nada para ser dito.
Ou é ou não é. Ou ata ou desata.
Sem esforço. Sem nenhum contragosto.
A vida decide de graça o que vai ser sem que ninguém precise pagar uma alta dose emocional por isso.
Sabrina Davanzo
a.c
Quando eu parar de me impor torturas medievais
em nome de esperanças frustradas,
minha pele (finalmente) conhecerá o significado de paz.
Sabrina Davanzo
1 de set. de 2011
Notas 2
Um bom clichê tem o seu lugar.
...
Eu ficaria feliz se hoje, de repente, fosse decretado "Dia Internacional do Moleton" e todo mundo fosse obrigado a vestir roupas confortáveis, quentinhas e fofas.
...
Sabrina Davanzo
30 de ago. de 2011
Relógio
Efeito anti-horário:
Quanto mais o tempo passa,
mais a sua ausência se faz presente.
Sabrina Davanzo
26 de ago. de 2011
Em outro canto
Meninos e meninas,
Hoje tem um conto meu lá na página do Eu Amo Escrever. Corre lá e, se você gostar, vote em mim!
O conto é esse aqui: Sobre a Realidade
ps: para votar, clique nos coraçõezinhos abaixo do título.
Obrigada!
;)
22 de ago. de 2011
Notas
12 de ago. de 2011
Sobre aceitação
Era um roteiro todo amarradinho, escrito com coerência e certezas, quando a vida chegou e fez um vendaval. As folhas, abraçadinhas ao vento, se deixaram levar. Os papéis foram invertidos e as letras embaralhadas.
O que acontece com uma história quando seu capítulo é cortado ao meio? É possível retomar do ponto que nunca se quis parar?
Meus personagens sofreram uma conspiração do universo quando, inocente, acreditei que poderia colocar o destino em suas mãos. Eu tentei escrever a história do meu jeito e então foi tudo pelos ares, não tive tempo nem de ler as entrelinhas.
Enquanto cobria os olhos para me proteger da bagunça que o vento fazia, ouvia as pessoas dizerem: "Ele sabe o que faz!" e eu gritava em resposta: histórias estão sempre ao sabor do vento e, às vezes, ele é amargo.
Sabrina Davanzo
8 de ago. de 2011
Ocupado
Enquanto caço afazeres desnecessários
para entulhar a minha cabeça e não pensar em você,
meu coração se ocupa com uma única tarefa:
sentir a sua ausência.
Sabrina Davanzo
28 de jul. de 2011
Aviso
Cuidado ao entrar! Você pode me machucar.
Sabrina Davanzo
24 de jul. de 2011
20 de jul. de 2011
19 de jul. de 2011
Silêncio
Depois de tanto falar o que devo, o que não quero... experimento me calar.
Agora, quero essa espécie de mudez consentida por fora e por dentro.
Chega de gritar aos quatro ventos o que foge dos meus pensamentos.
Chega de falar como especialista. Confesso: eu não sei nada. Sobre nada.
Estou em silêncio para ouvir o nada que está sendo dito pelos outros.
Quero ser vácuo, onde o som não se propaga.
Cansei de ecoar as coisas que eu não entendo.
No silêncio, (eu estou aprendendo) mora a paz.
Nas palavras não ditas se escondem os mistérios.
Eu não sei nada.
É delírio falar enquanto se está sonhando.
É quase um pecado.
Vou deixar o sonho vir e contar a sua história.
Depois eu falo. Ou não.
Tenho perdido a vontade de falar.
Tenho preferido os silêncios.
Sabrina Davanzo
10 de jul. de 2011
Passo a passo
Do lado de fora
7 de jul. de 2011
Passo a passo
Lição número 1 para ser feliz de verdade:
pare de achar que coisas mais ou menos são boas.
Pessoas, sentimentos mais ou menos serão sempre mais ou menos.
O que é bom nasce bom.
Sabrina Davanzo
5 de jul. de 2011
27 de jun. de 2011
Lição
22 de jun. de 2011
Sobre não esperar por ninguém
Para Gabi, Jéssica, Lili e Paloma:
De todas as coisas que foram ditas,
a mais importante ficou sufocada nas entrelinhas:
a gente não sabe o que vai ser e, apesar do amor que existe,
a cada uma só cabe contar com a própria metade.
Sabrina Davanzo
8 de jun. de 2011
Faz de conta
7 de jun. de 2011
Significado
Esperança é quando a gente tem um guarda-chuva colorido
para usar nos dias de tempestade.
6 de jun. de 2011
Pra quem é de qualquer lugar
Clica aqui: www.fabriciabatista.com.br
Sabrina Davanzo
3 de jun. de 2011
Conversa
No fim, eu sempre te obedeço, mas como eu fujo dessa hora. Deve ser por isso que dói por dentro.
Em que estrela você mora?
E se eu te pedir para esperar só mais um pouco (tenha paciência comigo)?
Ainda não sei o que fazer... por enquanto eu vou ficando...
Aparece e conversa comigo?
Você sabe de tudo, você sabe de mim.
Preciso de você.
Sabrina Davanzo
29 de mai. de 2011
Fim
26 de mai. de 2011
22 de mai. de 2011
Sem sentido
escutar e não ouvir
tocar e não sentir
falar e não dizer
por que meus sentidos me traem?
Sabrina Davanzo
19 de mai. de 2011
Ainda não
Sabrina Davanzo
Aceita?
A gente pode tomar um café.
Tomar um avião e ir pra Paquetá (nem sei se é brega, mas vá lá...). Vai que dá?
Não se faça de difícil não.
Vem, toma minha mão e me leva pra qualquer lugar.
Eu sei que pode ser irrelevante o que eu sinto nesse momento,
mas é importante (pelo menos para mim) que você saiba que eu não sou sempre assim,
não costumo me oferecer. É que eu to querendo mesmo você.
Diz que sim? Será um prazer.
Sabrina Davanzo
*Inspirado em um Job aqui da agência = )
15 de mai. de 2011
Suspeita
- tsc, tsc, tsc. Sua boba, você não sabe de nada.
Tomara mesmo que eu não saiba e que os seus planos sejam maiores do que as minhas perspectivas. Eu não quero entender, só quero confiar que cada coisa acontece no tempo e do jeito certo para que eu possa viver plenamente.
(Amém)
Sabrina Davanzo
À deriva
Os braços tentam se agarrar às ondas, os pés tentam encontrar a terra firme. É pouco fôlego e muita água num lugar que de vazio não tem nada. O mar é cheio, tão cheio que engole a gente com medo e tudo.
O mar revira os cabelos, arranca a roupa com violência. Expõe nossa nudez diante de quem está seguro na areia. E quem é que vem nos salvar? Ninguém se arrisca... o mar é traiçoeiro.
A gente torce por um milagre, torce para sair nadando na marra, fecha os olhos para não enxergar o que existe no fundo e bate os braços. A gente não para de bater. Nunca. Até o fim.
Sabrina Davanzo
13 de mai. de 2011
Estado Sólido
A capacidade dos girassóis de se voltarem para a luz.
O bumbum dos vagalumes que ilumina a escuridão.
As abelhas e formigas que se relacionam sem se afetarem.
A cambalhota - mecanismo de defesa - do tatu bola.
Tem vontade de ser qualquer coisa menos humana (limitada) quando se detém nas espertezas do universo.
Tem vontade de ser outra menos preocupada com o que está por dentro e mais conectada com o que há por fora.
Ás vezes, é tanta nunvem que parece que o sol desistiu e foi embora. Quando é assim, ela ouve a musiquinha que fica tocando lá onde está guardado o coração. Um ritmo macio (tum tum - tum tum - tum tum) canta que "se o sol não vier hoje outro dia ele vem.... lalala.. outro dia ele vem. Não fique triste, meu bem."
Sabrina Davanzo
12 de mai. de 2011
Premonição
Pode ser um arrepio, um calafrio percorrendo a espinha. Pode ser uma espécie de sussurro ou o piscar de uma luz na escuridão.
3 de mai. de 2011
Verbo
E se eu viajasse?
E se eu (não) fugisse?
E se eu (não) ficasse?
E se eu dormisse?
E se eu (não) me escondesse?
E se eu não ligasse?
E se eu escolhesse?
E se não?
E se eu (não) falasse?
E se eu corresse?
E se eu (não) aceitasse?
E se?
E se eu me entregasse?
E se eu não engolisse?
E se eu não (me) respeitasse?
E se eu (não) duvidasse?
E se eu amasse?
E se não?
E se eu acreditasse?
E se eu (não) fosse?
E se eu desistisse?
E se?
não
Verbo é ação. Eu sou feita de verbos.
Todo verbo implica a existência de um tempo que define para sempre o que será pretérito (perfeito ou não) e o que será o futuro. O presente é uma decisão.
Embora me custem um pouco de alma para serem conjugados, não fossem eles talvez eu nem vivesse.
Sabrina Davanzo
2 de mai. de 2011
Perdas
Estou exausta por ter insistido tanto... Perdi.
Entrego os pontos com uma sensação de que foi ridículo ter tentado,
ter usado todas as armas que eu tinha, ter me exposto tanto.
Mas eu nunca saberia...
Você venceu, destino.
Vou me retirar, preciso me preparar para a próxima batalha.
Sabrina Davanzo
29 de abr. de 2011
Cárcere
Gaiolas,
por mais bonitas, espaçosas,
coloridas e confortáveis que sejam,
são sempre prisões.
A gente deveria parar de acumulá-las nas paredes da alma,
encarcerando sentimentos e pessoas.
Vive mais feliz o coração que pode,
a qualquer momento,
alçar voos e pousar onde quiser.
É sempre mais doce e sereno
o que cresce sem limitações.
Deixa vir..
Deixa partir quando chegar a hora...
Sabrina Davanzo
27 de abr. de 2011
Na pele
Se eu soubesse como não me deixar consumir por qualquer coisa, eu seria mais inteira. Sempre coloco um peso que não posso suportar nas situações e me despedaço. Queria não me importar tanto porque no fim acontece o que tem de acontecer, independente das minhas vontades. E isso também passa.
Queria me impressionar só com o que vale a pena, gastar mais meu tempo com as coisas possíveis, com a felicidade real, e menos com as suposições.
Estou sempre tão preocupada com as respostas que esqueço de contemplar as perguntas e acabo não sabendo nem o que buscar. Perdida entre o que está por vir e o que ficou para trás, não aproveito o presente. As conexões me roubam a atenção, enquanto eu deveria apreciar o destino para onde elas me conduzem.
Falta equilibrio, sobra frustração. Eu vivo elevada ao quadrado, à máxima potência de sentimentos.
Descubro em minha própria pele que sofre mais quem se entrega e se apega. Eu sofro.
Sabrina Davanzo
26 de abr. de 2011
19 de abr. de 2011
Imortal
18 de abr. de 2011
Fé
Ela tem uma fé inabalável. Em meio a tantos desvios, erros e desilusões, essa fé continua acesa, afirmando que ainda dá para continuar.
"Nunca houve uma noite ou um problema que pudesse derrotar o nascer do sol ou a esperança"
Sabrina Davanzo7 de abr. de 2011
Quando
Só quando ela não esperar mais nada
quando estiver livre de qualquer interesse
quando tiver certeza de que estará salva
quando sentir que acabou
terá coragem de se aproximar
Vez em quando ela queria estar pronta
(seria essa vontade uma prova de que não se recuperou?)
Para em seguida não querer estar
(só para não ter que encarar?)
Existem duas possibilidades:
Descobrir que passou
Perceber que não terminou
Ela gosta de nunca mais
Mas também acha bonito o quem sabe um dia
Sabrina Davanzo
6 de abr. de 2011
Explicação
31 de mar. de 2011
Sem saída
25 de mar. de 2011
Conselho
Sempre que for tomar alguma decisão,
pare e pergunte a si mesmo: "eu posso me arrepender disso?"
Se a resposta for sim, não siga em frente.
Sabrina Davanzo
23 de mar. de 2011
Agridoce
Por não saber como será essa festa, dá vontade de ficar em casa. Mas seu eu ficar o que é que vou ter para contar? É preciso ir e experimentar os doces e salgados. Os líquidos e os sólidos. Se alguma comida não me agradar, sempre dá para andar pelo salão e conhecer os outros convidados, dançar alguma música.
Tem que ter boa vontade. Tenho aprendido que nada é de tudo ruim e que é por isso que existe o agridoce. Para os indecisos. Para não ser tão trágico, nem maravilhosamente emocionante.
Há que se ter um equilíbrio e esse é o motivo do banquete. Eu me sirvo como bem entender.
Cuido-me para não estragar o penteado, sujar o vestido. Nunca se sabe quando alguém está para chegar. Há atrasados que nos chegam nas piores horas, é bom estar preparada.
Meu convite vale para uma vida inteira e eu só vou embora quando me cansar. Quando já tiver provado de tudo. Repetidas vezes.
Sabrina Davanzo
Teoria das relações
. . .
Eu fico sozinha.
Eu aprendo a estar sozinha.
Eu gosto da minha companhia.
Você aparece.
Eu continuo gostando de estar sozinha.
Você é gentil e divertido.
Eu acredito em você.
Eu quero estar com você.
Eu não quero mais estar sozinha.
Você vai embora.
Eu fico sozinha.
Eu aprendo a estar sozinha.
Eu gosto da minha companhia.
Outro você aparece.
Eu continuo gostando de estar sozinha.
O outro você é gentil e divertido.
Eu acredito no outro você.
Eu quero estar com o outro você.
Eu não quero mais estar sozinha.
O outro você vai embora.
Eu fico sozinha.
. . .
. . .
Outro aparece.
. . .
. . .
Outro vai embora.
. . .
. . .
Eu acredito.
. . .
. . .
Eu fico sozinha.
. . .
. . .
Eu não quero mais estar sozinha.
. . .
Outro aparece.
. . .
. . .
. . .
Eu fico sozinha.
Sabrina Davanzo
18 de mar. de 2011
Sincero
uma bofetada na cara dos sonhos.
Pode ser aquela pedra amarrada na ponta da corda
que faz peso para o balão não sair do chão.
Se a verdade que você queria ouvir é irreal demais,
a sinceridade acaba doendo mais que uma mentira.
Ainda existe gente sincera.
Mas também ainda existe gente que quer voar.
Sabrina Davanzo
Limbo
porque amar é deixar-se enlouquecer conscientemente.
Um amor abortado é aquele em que por infinitas razões essa entrega não foi consentida.
Esse passa a ser um quase-amor
e vaga para sempre no limbo com a estigma de "poderia ter sido".
Sabrina Davanzo
16 de mar. de 2011
Confesso
Tive um problema sério com umas borboletas no estômago
que subiram para a cabeça e tomaram conta da minha razão.
Encantada pelas cores que borboletavam ao seu redor,
essa que deveria cuidar de mim, não dava conta nem dela.
Tomei uma solução drástica:
Infelizmente, cacei as borboletas.
Tem horas que o crime mais grave
é permitir que a consciência tire os pés do chão.
15 de mar. de 2011
Bagagem
Pudesse eu encontrar a solução para teus problemas caída por aí, a traria logo para tuas mãos. Mas acontece que essa é uma tarefa pessoal e intrasferível, o máximo que posso fazer é estar ao seu lado durante a busca.
Posso oferecer luz quando a noite chegar e trazer um pouco de conforto quando o cansaço tomar conta do teu corpo.
Você sabe que é durante essa tentativa de encontrar a solução que você vai crescer não sabe?
É bem aí que você vai descobrir a força que tem e a sua capacidade de se superar.
Eu sei que você não vai desistir, fechar os olhos é pior...
Considere isso um teste para a próxima fase, você precisa se preparar.
Na sua mala tem tudo o que precisa: você leva as melhores vibrações e o carinho de todos aqueles que te amam e torcem por você.
Sabrina Davanzo
11 de mar. de 2011
Estou aqui
Para Fran - minha amiga, minha irmãAmiga,Estou aqui tentando entender por que é que essas coisas acontecem...Eu lembro de quando a gente era nova, sentada na calçada falando da vida. Quem diria que a vida iria maltratar vocês assim... a gente era tão feliz.Nós fomos criadas com tanto amor, com tanto cuidado, mas alguma coisa deu errado para eles e eu não sei dizer o que.Algumas pessoas sabem lidar melhor que as outras com as perdas, com os nãos, com as dores.A gente era tão imatura... encarou tudo do jeito que deu... e deu. Olha a gente aqui para provar. Mas para eles alguma coisa não se encaixou diante da doença da sua mãe, do abandono do seu pai, da ausência do que antes era fartura.Por que é que a gente não percebeu que as coisas iriam acabar assim? Acho que é porque, embora tenham cometidos erros graves, eles são como a gente, são seu sangue. Não dá para acreditar que alguém entre nós terá coragem de libertar seu monstro interior.Já vi muitas brigas de vocês, já vi ele com o pé quebrado, ela com o rosto cheio de pontos, já vi o desespero da sua mãe, já vi as reclamações de todos, mas não estava preparada para ver o desenrolar dessa história.Em toda a minha vida, nunca estive tão próxima de uma situação como essa. É coisa de televisão. E lá, na tela, quando via, achava um absurdo as pessoas se preocuparem com quem cometeu o crime, quando quem estava sofrendo era a família da vítima. Eu sinto pena deles. Sei que eles podem ser bons, como foram antes desse pesadelo começar. Hoje descobri que não existe culpados. Todos somos vítimas. Vítimas das injustiças da vida que nos conduzem por caminhos que nem sempre são os melhores para nós. Quando foi que tudo começou, amiga? A gente era tão jovem para se dar conta de quão fundo o poço poderia ser... Eu não entendo... ela e ele tiveram as mesmas chances que você. Por quê?De repente eles começaram a levar uma vida tão obscura que era demais para nossa imaginação. Eu dei aula pra eles de verdade, lembra? Você deu aula de mentirinha na escolinha que você montou na antiga casa da sua vó... parece que eles não aprenderam nada...O que sua mãe fez para merecer ver os filhos padecerem dessa forma?Apesar das estatísticas e dos exemplos diários de que pessoas que comentem crimes dificilmente se regeneram, não quero acreditar que para eles acabou. Talvez agora, cada um em sua cela, possam lembrar das tardes que a gente brincava e que eles eram "café com leite". Ela ainda tem o mesmo sorriso, amiga...Todo caminho tem volta? Eu não sei.. eles é que vão poder nos dizer.Talvez eles tivessem que passar por isso. De alguma forma a vida foi tecendo cada detalhe para que tudo isso acontecesse. Eu lembro da gente tentando ser feliz com todos os poréns. Eu lembro da gente na caminhonete, lembro de quando eles viraram adultos antes de nós, que somos mais velhas.Queria voltar no tempo, amiga. Queria que sua mãe nunca tivesse ficado doente, que seus irmãos não tivessem deixado a escola, que você tivesse menos responsabilidades tão jovem. Queria ter presenciado outra história...Sua irmã teve um filho antes de nós, amiga. As coisas para eles sempre foram precoces, até a dor. A gente nunca entendeu porque para os dois as fatalidades pesaram tanto. Mas a gente sabe que não é fácil ter os armários vazios, a casa vazia e o peito cheio cheio de tormenta.Não sei se foram as amizades, se fomos nós, se foram as drogas, só sei que desde muito cedo eles se enveredaram por caminhos tão difíceis que a gente não tinha coragem de percorrer para ir buscá-los. Talvez nem adiantasse... porque o que tem de ser, tem força.Hoje vocês estão vivendo o outro lado, amiga e pela nossa proximidade também estou vivendo um pouco. E quanto aos dois... eram crianças quando tudo começou. Quando essa história começou a ser contada, eles mal sabiam ler. Hoje eles são mais vividos que nós e trazem o peso de seus crimes nas mãos. Olha isso, amiga: crime. Que pesado.. a gente não imaginava...
Acho que aqui não existe culpados. Não é o seu pai, o fato de sua mãe não ter podido ser mais presente, ou você...
E depois de tudo, ela ainda tem o mesmo sorriso... Que Deus esteja com vocês, com eles e com todas as famílias que passam pelo mesmo problema.
10 de mar. de 2011
Lembranças
Tenho gostado da minha companhia e tido mais paciência com as minhas falhas.
Descobri o prazer de me apaixonar pelos momentos e não pelas pessoas. E já foram tantas paixões...
Quanta coisa já vivi depois de achar que fosse morrer...
Ontem fui à praia e o mar estava calmo, como eu tenho tentado ser desde então. Deixei que toda aquela água fria cercasse meu corpo morno e depois fiquei observando as partículas de sal grudadas à pele, porque sempre fica uma lembrança, independente da intesidade do contato.
O dia não estava tão claro, como algumas coisas também ainda não estão, mas entre uma nuvem e outra havia os raios de sol. Eu sabia que eles estavam lá, igual a essa felicidade que não precisa de motivo para existir que eu tenho sentido.
Caminhei pela areia na companhia de pensamentos leves... Diante daquela imensidão, me dei conta de como o tempo voou. Eu estou cada dia mais madura e sem certeza de nada. Isso é o que tem me movido. Tivesse eu todas as respostas, não havia mais necessidade de continuar.
Vez em quando a vontade de acelerar o passo, sair correndo me assalta, mas percebo logo e trato de prendê-la à realidade dos acontecimentos.
Meu coração está aprendendo a amar de forma pura e serena. Eu estou sã e salva.
Sabrina Davanzo
23 de fev. de 2011
Sobre abrir mão
21 de fev. de 2011
Doida
17 de fev. de 2011
Verdade
14 de fev. de 2011
Trilha
13 de fev. de 2011
7 de fev. de 2011
Felicidade
3 de fev. de 2011
2 de fev. de 2011
?
31 de jan. de 2011
Sobre problemas e soluções
Quando acabarem todas as tuas opções, você pode tirar os olhos do problema e deixar que ele se resolva por si só, porque nada nesta vida fica sem solução.
Simplesmente tire os olhos, distraia sua atenção, flutue sobre todo o pessimismo.
Mais cedo ou mais tarde, uma luz aparece, entra pela fresta que você esqueceu de vigiar e clareia tudo.
Às vezes, respirar ajuda. Vá tomar um ar fora do quarto escuro. A chave está em suas mãos, destranque a porta e saia com suas próprias pernas, com sua própria força.
Quando voltar, uma nova energia terá tomado conta do lugar, tudo parecerá diferente e menos complicado do que anteriormente.
Não permaneças focado no impasse, procure pela resolução nos lugares mais improváveis, fique atento aos conselhos de amigos, às atitudes de estranhos diante de seus próprios dilemas. É aí que o auxílio mora.
Não se feche, não se considere uma causa perdida.
Tudo tem um propósito e você só conseguirá identificá-lo se mantiver seu pensamento livre de culpas e autopiedade.
Sabrina Davanzo