28 de jan. de 2010

Vista

A vida é um ponto de vista. Eu uso lentes coloridas. E, ainda que esteja no meio da rua, vou sempre dizer que estou em um camarote.

Sabrina Davanzo

26 de jan. de 2010

Paciente


Nem falava com ele ultimamente tamanho era seu ódio por aquele que resolveu interferir no seu destino, mudar sua vida tão certinha e politicamente feliz.
Ele espera pa-ci-en-te-men-te até que sua raiva passe. Então irá lhe mostrar que enquanto ela fazia tempestade dentro de sua alma, ele preparava um sol quente e maravilhoso aqui fora.
Até que esse dia chegue, ele pede baixinho: abra os olhos. Enxergue além das lágrimas, além do agora.

Ps: Para Carol

Sabrina Davanzo


21 de jan. de 2010

Até onde?


Ah se eu tivesse asas mais fortes, voaria além do infinito, meu amor.
Chegaria às galaxias mais distantes, faria voos rasantes no sistema solar. O problema, meu amor é que elas ainda são tão frágeis. Por enquanto, só consigo chegar até o céu.
Sempre ouvi dizer que o céu é o limite, mas isso é para os tolos, meu amor. O limite é onde você quiser. Há de haver alguma coisa maior para além de todo esse azul. Tenho certeza e repito: quero ir além do infinito.

Sabrina Davanzo

Reunião

Neste momento, acontece uma reunião importante dentro de mim: minha razão conversa com meu coração. Espero que, finalmente, cheguem a um acordo.

Sabrina Davanzo

8 de jan. de 2010

Espertinho

Se achava tão esperto... fugia da realidade... até a vida ele tentava enganar. Diante dela, fingia ser a pessoa mais feliz e satisfeita do mundo. Só existia uma pessoa que ele nunca conseguia passar para trás: a sua consciência. Essa sabia direitinho tudo o que ia em sua cabeça e e em seu coração.

Sabrina Davanzo

7 de jan. de 2010

Casa nova


Procurou no quintal de casa um lugar melhor para viver. Encontrou, no pé da goiabeira, um ninho onde pequenos passarinhos viviam a cantar. Pensou que talvez fosse o lugar perfeito, mas esqueceu-se de que para viver ali era preciso ser livre. E ela... bem, ela ainda trazia uma corda amarrada ao pescoço.

Sabrina Davanzo


4 de jan. de 2010

Enquanto estou no caminho...

Para ler ouvindo: Bach

Tenho uma pressa que consome minha ânsia por realizar. Mas, você me perguntaria: para que desespero se tens a vida toda para fazer o que tiver de ser? A verdade é que não sei quanto essa vida dura. Quantos dias ainda me restam? Viver é sopro profundo... é hálito quente que, quando toca os lábios, se perde em meio as partículas de um ar mais denso e forte. O momento em que se dissipa é imperceptível, mas sabe-se que é real. E real também não é vida que, dia a dia, esvai-se como um sopro diante dos nossos olhos numa espessa camada chamada tempo? Nada pode esse hálito fresco e divino diante das implácaveis horas e é por isso o meu desespero. Pode ser que não me sobre tempo suficiente... Pode ser demasiado tarde quando eu, finalmente, decida por viver. Só peço para ficar o necessário. Preciso encontrar o que tanto procuro... Imagino que no fim, sim ele sempre chega para o velho e para o moço, aos que imploram e aos que desdém, no fim, talvez não haja o que encontrar. Eis o grande mistério. O não saber quanto tempo me resta me transtorna. Por favor, espere um pouco... dê-me mais tempo... preciso conhecer o sabor da felicidade.
Amém.


Sabrina Davanzo

Um ano bom



Quando o anjo da paz, nestes primeiros dias do ano, bater a sua porta, permita que ele entre e faça do seu coração uma eterna morada. Pois lembre-se que não há sentimento mais apropriado para lhe fazer companhia ao longo dos dias senão a paz. Dela é que nasce tudo o mais: felicidade, saúde, amor... Só através de sua irradiação é que o mundo poderá descansar de tanto sofrimento. Que você e todos que o (a) cercam estejam em paz em 2010.
Feliz ano novo!

Sabrina Davanzo