Ultimamente, deu para ficar ajoelhada na beira do mar salvando as conchas que se atracam à areia. Uma a uma, devolve-lhes às ondas com medo de que fiquem ali para sempre. Quando vai entender que quem corre risco é ela? Sempre de cabeça baixa, está cada dia mais cega. Não enxerga que atrás de si o mar vai e vem o tempo todo trazendo novas conchas. Ela é que é sempre a mesma. Ela é que não sai do lugar.
Sabrina Davanzo
2 comentários:
Sabrina,
que texto fantástico!
Um dos melhores
que encontrei por aqui!
Deixou-me reticências...
Beijo,
Doce de Lira
Quantas vezes queremos mudar e nao conseguimos?
Quantas vezes queremos mudar e nao podemos?
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