12 de mar. de 2010

Horizonte


Tem horas que ela quer por que quer encontrar um horizonte para olhar.
Não é tão simples quanto parece. O horizonte nem sempre está visível à frente de quem o quer ver e por vezes é necessário antes mover montanhas, clarear o tempo para só então enxergá-lo. Ela que só consegue rodear em volta de si, nunca contemplou a tênue linha que separa o céu da terra. É no horizonte que mora a luz no fim do túnel, onde o sol nasce e se põe e onde os mistérios brincam de adivinhação.
É meio estranho viver sem ter um horizonte para olhar. É como se não tivesse para onde ir. Com pena dela, a rosa dos ventos até se ofereceu para lhe orientar, mas não adiantou. Porque no fundo, não é uma questão de levantar a cabeça e guiar-se e sim de abrir os olhos de verdade e aprender a observar.

Sabrina Davanzo


3 comentários:

Anônimo disse...

Leio por várias vezes suas postágens no blog coleega!
saudade imensa...
Beijo, querida escritora ;}

Petty Candy disse...

"Tem horas que ela quer por que quer encontrar um horizonte para olhar."
ai, que me entrou essa sua frase em mim como flecha. foi certeira e eu li e reli o que escreves e ainda não cansei.
beijos

leonor cordeiro disse...

Querida Sabrina,
Estou passando para matar a saudade e rever o seu blog que continua lindo.
Como é bom passear por suas postagens observando o casamento perfeito entre as palavras e as ilustrações.
Grande abraço!
Com carinho,

Leonor Cordeiro