Vamos todos, cada um na sua, vivendo dentro de uma pequena bolha de sabão translúcida que nos dá uma falsa sensação de segurança, enquanto o vento nos leva para onde sua vontade deseja. E a gente parece gostar de tudo isso, do cheiro do sabão que faz cócegas no nariz. E a gente fica feliz em ver a vida refletida através de uma fina camada que a deixa mais ou menos colorida, às vezes até cor de arco-íris, de acordo com o reflexo do sol. Nem nos incomoda a falta de contato (não se pode passar de uma bolha a outra).
E lá se vão as bolhas inundando as ruas, as cidades, os países...
Só não pode acontecer da gente se deparar com algo ríspido ou pontiagudo que possa romper essa sublime barreira. Se isso acontecer, seremos imediatamente arremessados ao chão duro, seco e real.
Sabrina Davanzo
Nenhum comentário:
Postar um comentário