Ele tinha um avião supersônico no qual viajava todas as noites. Visitava outros planetas, passeava pelas galáxias.
Fez amizade com um marciano que estava de passagem por Júpiter. Explicou a ele como funcionavam as amizades aqui na terra e tratou de avisar: "mais cedo ou mais tarde eu vou lhe magoar mas, como amigo, você deve entender e perdoar".
O marciano concordou. Ele sabia que essa amizade só duraria enquanto o menino tivesse sonhos. E nunca se sabe quando alguém vai deixar de sonhar: pode ser que nunca... mas também pode ser pra já.
E toda noite eles bricavam de astronauta.
De manhã, quando a mãe ia acordar o menino para a escola, via aqueles pezinhos sujos e não entendia.
Pezinhos descalços que brincaram na poeirinha da lua... ela nunca adivinharia. Ela já não sonhava.
Sabrina Davanzo
5 comentários:
Hummm
Nas m/deambulações cheguei aqui...
Não é Marte. Mas é um espaço que questiona, bonito.
Parabéns!
Voltar cá, com mais calma e tempo
Beijinho
Lília
bom, quando pai e mãe não sonham mais, é sinal que está na hora dos filhos cuidarem deles e colocá-los na cama pra dormir ... não sem antes contar uma bela fábula ...
Bela estória. Lindo sonho de criança. Reflexão bonita e adulta sobre as amizades. Que ela continue sonhando por muito e muito tempo...
Todos os dias eu acordo com os meus pés sujos...
Mas espero que ele não deixe de sonhar nunca ^^
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