5 de abr. de 2009

Companhia



Todos os dias passava em frente ao armarinho da esquina e admirava a vitrine. Do outro lado do vidro, um cãozinho de pelúcia, encardido pelo tempo de exposição, exibia uma plaquinha no pescoço: Sou seu melhor amigo. 
Ele andava se sentindo tão só que acabou não resistindo, comprou o bichinho.  O problema é que, quando ele chega em casa, o cão não faz festinha, não abana o rabo. Quando ele sai, não fica triste, não sente sua falta. Mas para ele não importa. Aquela plaquinha no pescoço já diz tudo. Ele agora tem uma companhia, isso basta. Ele bem sabe que um amigo não tem que ser perfeito. 

Sabrina Davanzo



6 comentários:

BAR DO BARDO disse...

A-DO-REI!!!

Se eu fosse dono de uma editora, gostaria de publicá-la.

Mas nem todo amigo é perfeito...

LiLi disse...

Gosto muitoooooo do q vc escreve!!!

Bjuss!!!!

LiLi

www.meninaquele.blogspot.com

marlise disse...

Tenho um gatinho que preenche meus momentos sós há dez anos... Já me deu muita alegria.

Eduardo disse...

Ooownnn...

CoisasdeMaria disse...

Que fofo!! lindo

Lunna Guedes disse...

Adorei seu texto. Que delícia singular. Adoraria tê-lo na coletânea artesanal desse mês. www.coletaneartesanal.wordpress.com.
Aguardo seu contato.
Abraços meus