27 de abr. de 2011

Na pele


Se eu soubesse como não me deixar consumir por qualquer coisa, eu seria mais inteira. Sempre coloco um peso que não posso suportar nas situações e me despedaço. Queria não me importar tanto porque no fim acontece o que tem de acontecer, independente das minhas vontades. E isso também passa.
Queria me impressionar só com o que vale a pena, gastar mais meu tempo com as coisas possíveis, com a felicidade real, e menos com as suposições.
Estou sempre tão preocupada com as respostas que esqueço de contemplar as perguntas e acabo não sabendo nem o que buscar. Perdida entre o que está por vir e o que ficou para trás, não aproveito o presente. As conexões me roubam a atenção, enquanto eu deveria apreciar o destino para onde elas me conduzem.
Falta equilibrio, sobra frustração. Eu vivo elevada ao quadrado, à máxima potência de sentimentos.
Descubro em minha própria pele que sofre mais quem se entrega e se apega. Eu sofro.


Sabrina Davanzo

Um comentário:

Karla Tabalipa disse...

Me vi nas tuas palavras. Lindo texto!