15 de dez. de 2009

Sentença


Tanto me cobrei e hoje acabo descobrindo que não sei lidar com dívidas. Sem levá-las a sério, fico devendo a mim mesma, às minhas expectativas. Não tenho nem coragem de encarar as pessoas nas ruas. Suas expressões, se não refletem seu próprio interior, me acusam de desonesta.
É imperdoável o crime de trair-me. Por isso, não sem autopiedade, espero minha sentença. Já não tento mudar. Já não sei me encarar. Escondo-me tal qual o criminoso que envergonha-se e teme represálias.
Prometo enviar-lhe notícias do meu cárcere.

Sabrina Davanzo

3 comentários:

NiNah disse...

Moça, sempre de olho aqui só que estou na correria.
Beijas =**

Renata de Aragão Lopes disse...

Sabrina
refém de si.

E não foi
exatamente isso
que publiquei hoje
no doce de lira? : )

Preocupa-me apenas
um fato:
quem lhe sentenciará,
ao final?

Um beijo, querida!

marlise disse...

Tente se perdoar mais. Se não fizermos isto acabaremos enlouquecendo. Abraços.