8 de set. de 2009

Minha terra árida


Tenho sede, mas não dessas águas que movem moinhos, lavam pedras.
Tenho sede, mas, definitivamente, não é de águas devidamente engarrafadas com ares pomposos vindas da França. Muito menos dessas que descansam no fundo de moringas de barro, em alguma cozinha simples lá do sertão.
O que minha sede espera ainda não tem nome. Feito um peregrino, sigo pelo deserto de mim mesma procurando desesperadamente por um oásis. Pressinto que nele existe a fonte da vida e (quem sabe?) é nela que escorre o líquido que tanto anseio para me saciar.

Sabrina Davanzo

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