Diante da casa velha e decrépita, das paredes desbotadas de emoções passadas, percebo o tanto que o tempo passou. Cortaram, primeiro o galho, e depois a àrvore toda, onde pendurei minhas pernas finas e meus sonhos de menina.
A rua, que antes parecia tão colorida e cheia de vida, a rua que antes era o meu mundo, hoje é só uma rua qualquer, com seus velho moradores. Mudaram todos. Não de casa, não de lugar. Mudaram suas fisionomia, mudaram seus modos de pensar. Envelhecem a cada carro que sobe e desce a rua que era o meu mundo. De alguns fica uma vaga lembrança do rosto de criança. Notícias de longe contam que estão bem.
E eu que achava que uma árvore deveria durar para sempre. Onde foi parar a corda que pulei? A pedra que risquei o chão para demarcar meu território na brincadeira inocente?
O tempo levou tudo embora. E a cada vez que volto, percebo que levou mais alguma coisa consigo. Desta vez foi a tintura do portão da frente e a solterisse da minha melhor amiga. Quem diria... a menina que se pendurava comigo nos muros e galhos, hoje pendura-se no pescoço do seu marido.
Sabrina Davanzo
A rua, que antes parecia tão colorida e cheia de vida, a rua que antes era o meu mundo, hoje é só uma rua qualquer, com seus velho moradores. Mudaram todos. Não de casa, não de lugar. Mudaram suas fisionomia, mudaram seus modos de pensar. Envelhecem a cada carro que sobe e desce a rua que era o meu mundo. De alguns fica uma vaga lembrança do rosto de criança. Notícias de longe contam que estão bem.
E eu que achava que uma árvore deveria durar para sempre. Onde foi parar a corda que pulei? A pedra que risquei o chão para demarcar meu território na brincadeira inocente?
O tempo levou tudo embora. E a cada vez que volto, percebo que levou mais alguma coisa consigo. Desta vez foi a tintura do portão da frente e a solterisse da minha melhor amiga. Quem diria... a menina que se pendurava comigo nos muros e galhos, hoje pendura-se no pescoço do seu marido.
Sabrina Davanzo
5 comentários:
Coisa mais linda amiga! voltando cheia de amarelos né... aiui...
Querida Sabrina,
Amei essa postagem.
Obrigada por compartilhar suas memórias de maneira tão especial.
Mil beijinhos!
E o tempo passa, e as coisas mudam, e nosso coração fica.
Nossa Sabrina !!! estou matando as saudades de casa e estou passando exatamente por esse momento e fico me perguntando se algum dia as coisas vão voltar a ser como eram...acho que não né...mais isso só prova que fomos felizes, porque as coisas ruins esquecemos naturalmente...se temos saudades é porque algum dia fomos felizes e vivemos intensamente aquele momento...que continuemos assim...sentindo saudades de momentos felizes vividos intensamente...BELAS PALAVRAS AS SUAS !!!
O exercício da infância deve ser eterno. Não há peito assassino de crianças. Não existe.
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