21 de nov. de 2011

Pausa para conversa e jabá

Pessoas queridas,
Perdoem o meu sumiço. Andei ocupada com o trabalho e com o coração. Precisei dar uma pausa, mais longa desta vez, mas estou de volta. Eu sempre volto!

Aí embaixo já tem um post novo! = )


Aproveitando essa conversinha rápida, vou deixar aqui neste post, e depois ali no cantinho do blog, o link para o meu portfólio. Não sei se todos sabem, mas eu sou redatora publicitária. Trabalho em uma agência aqui em BH, mas estou procurando uns freelas também. É isso!

É só clicar aqui: Eu Redatora

Obrigada pela paciência e pela preferência.


Sabrina Davanzo


Sobre não desistir de buscar



Tenho pensado bastante sobre a vida ser uma questão de se aconchegar. Tudo o que a gente quer é estar confortável no emprego, na casa que a gente vive (seja ela grande ou pequena), com as pessoas que gostamos ao nosso redor.
É para ficar à vontade que a gente pinta o cabelo, faz tatuagem, opera o nariz. É por isso que mudamos de emprego, compramos quadros, fazemos textura na parede. Tudo é uma questão de nos aceitar e ajeitar o que temos para encontrarmos o nosso lugar (ele existe mesmo?) e podermos relaxar.
É por causa dessa zona de conforto que a gente não para de se mexer. É como fazer uma longa viagem de ônibus. Até chegar ao destino, tentamos encontrar uma posição para repousar. Seguramos o rosto com o cotovelo, fazemos o casaco de travesseiro, encostamos a cabeça no vidro (ah! a janela!). Dormimos no máximo uns dez minutos em cada posição e logo somos despertados pelos incômodos das câimbras, do aperto, do desajeito.
E começa tudo outra vez. É assim até a viagem chegar ao fim.
Desconfio que acontece o mesmo com a vida: há o tempo de descansar e de movimentar, apesar de passarmos uma boa parte dos dias buscando o conforto eterno, a imobilidade. Esperamos ansiosamente pela hora de aquietar com alguém, em um bom emprego, na casa dos nossos sonhos, mas eu temo que quando estivermos diante disso é porque a vida chegou ao final. Sempre vai existir um incômodo. Enquanto o ar entra e sai dos nossos pulmões, é impossível ficar parado.

Sabrina Davanzo

13 de out. de 2011

Deve ser por isso..


- Então ela me perguntou: Por quê? Por quê? POR QUÊ?
- E eu lhe respondi: Sinceramente? Não sei! Mas, aconteça o que acontecer, não olhe para trás. Não dê ouvidos e, principalmente, não deixe ele perceber que ainda a faz tremer.

-E o que ela achou disso?
- Deu de ombros. E me perguntou de que adianta ele não saber se ELA sabe. Ela queria não saber de nada disso também.
- Você tem ideia de por que essas coisas acontecem?
- Acho que é porque o tempo é meio como você.... Devagar. Demora muito para fazer as pessoas se afastarem umas das outras.
- Mas eu não pertubo...
- O que não quer dizer que não está lá, traçando o seu caminho e, invarialvemente, cruzando o de alguém que não o quer por perto.

Sabrina Davanzo


7 de out. de 2011

Notícias de mim



Estou sumida porque ultimamente tenho me encontrado apenas nos livros de autores desconhecidos e conversas triviais.
Minha vida anda como aqueles copos cheios de afeto que alguém serve a uma pessoa num momento desespero: água com açúcar. É doce, mas ao mesmo tempo, sem graça.
Vai tudo bem com a minha família, com o meu trabalho, com o edredom macio que durmo todas as noites e com o café da manhã que eu tomo todos os dias. Minha saúde nunca esteve melhor. E, veja só! Essa calmaria quase me mata! Porque eu aprendi que paz é estar diante de um mar sereno, brisa leve, pés descalços na areia. Talvez paz até possa ser uma casinha simples, com varanda, no meio do mato e um riacho ao fundo ou quem sabe descansar em uma banheira de espuma ouvindo jazz. Essa paz aqui é estranha, não estou acostumada a essa coisa que se parece com um breve espaço entre uma decepção e outra. Uma euforia e outra. Uma conquista e outra.
Eu estou feliz de um modo que não sairia nas manchetes dos grandes jornais. É sem alarde. Quase imperceptivelmente feliz.
Nesse momento, você está pensando que eu reclamo de barriga cheia. Há as pessoas que não têm família, nem emprego, muito menos o café da manhã. Há aquelas pessoas na África que caminham quilômetros, debaixo de um sol escaldante, à procura de um mísero copo de água imunda (engraçado como que, pelo menos nas reportagens da TV, nunca as vemos reclamar dessa situação. Elas apenas se conformam) quando eu estou paz. Eu deveria estar radiante - você exclama. Talvez eu não esteja porque nunca acreditei que a paz viria assim, de graça (há aquelas histórias emocionantes sobre lutar por ela, lembra-se?). Estou surpresa.
Não quero que você pense que estou triste, apesar dessas palavras soarem como uma lamentação. Eu estou bem, só essa conformidade com o "está tudo certo - as coisas vão acontecer no tempo delas" que me deixa desconfiada.
Mas, se isso te tranquiliza, estou aproveitando o coração vazio e a cabeça aliviada para respirar amenidades. Tenho falado da vida dos artistas, pesquisado os próximos lançamentos do cinema, feito aulas de espanhol e comido mais salada. Descobri que adoro alface e já não tenho mais gastura ao ver a beterraba colorir o arroz. Tudo isso só aconteceu porque eu não tenho me ocupado de mais nada, pois nada me aflige.
E agora, me faça um favor. Para o caso de eu jamais viver outro momento de lucidez e plenitude como esse, espalhe pela casa bilhetes dizendo: "Sim. a paz existe e você a conheceu".

Sabrina Davanzo



15 de set. de 2011

Aprende...


Aprenda de uma vez que tem coisas que acabam para sempre como se fosse proibido seguir em frente com elas.
No inicío, você quer espernear no meio da praça e pensa a cada maldito segundo na situação, entrando numa espécie de obsessão. Até cogita a ideia de desistir porque é bem capaz que você não aguente passar por isso.
Aí um dia, sem aviso prévio, você acorda e a coisa toda já esfriou. Você não chega a esquecer, mas lida com a história como se ela fosse um vaso no canto da sala que não incomoda ninguém.
O "para sempre" acontece enquanto você segue com a sua vida. Você sobrevive. E quer saber? Vai sobreviver sempre a todas essas coisas de pessoas e situações que não deram certo. Eu não estou aqui?
Vai passar, menina e tem mais: você acostuma, amadurece.

Então, agora relaxa! Aproveita que você não tem escolha e abre essa mão, desocupa o coração. Solta desse abraço e deixa ir de uma vez. Para que atrasar o que vai partir de qualquer jeito?

Sabrina Davanzo


6 de set. de 2011

(...)



É bonito quando chega o momento em que não existe mais nada para ser dito.
Ou é ou não é. Ou ata ou desata.
Sem esforço. Sem nenhum contragosto.
A vida decide de graça o que vai ser sem que ninguém precise pagar uma alta dose emocional por isso.



Sabrina Davanzo

a.c



Quando eu parar de me impor torturas medievais
em nome de esperanças frustradas,
minha pele (finalmente) conhecerá o significado de paz.


Sabrina Davanzo





1 de set. de 2011

Notas 2


Um bom clichê tem o seu lugar.

...

Eu ficaria feliz se hoje, de repente, fosse decretado "Dia Internacional do Moleton" e todo mundo fosse obrigado a vestir roupas confortáveis, quentinhas e fofas.

...


Sabrina Davanzo

30 de ago. de 2011

Relógio



Efeito anti-horário:
Quanto mais o tempo passa,
mais a sua ausência se faz presente.

Sabrina Davanzo

26 de ago. de 2011

Em outro canto



Meninos e meninas,
Hoje tem um conto meu lá na página do Eu Amo Escrever. Corre lá e, se você gostar, vote em mim!

O conto é esse aqui: Sobre a Realidade

ps: para votar, clique nos coraçõezinhos abaixo do título.


Obrigada!

;)



22 de ago. de 2011

Notas


Não insista nos amores impossíveis. O próprio nome diz que você nunca irá conseguir.
...
Tente não fazer tempestade com os raios que caem sobre a sua cabeça.
....
Espere, pacientemente, por cada uma das estações. A fruta colhida antes do tempo não tem sabor agradável.
...
A relatividade do tempo varia entre a vida de uma rosa e a idade de uma pedra.
Sabrina Davanzo

12 de ago. de 2011

Sobre aceitação


Era um roteiro todo amarradinho, escrito com coerência e certezas, quando a vida chegou e fez um vendaval. As folhas, abraçadinhas ao vento, se deixaram levar. Os papéis foram invertidos e as letras embaralhadas.
O que acontece com uma história quando seu capítulo é cortado ao meio? É possível retomar do ponto que nunca se quis parar?
Meus personagens sofreram uma conspiração do universo quando, inocente, acreditei que poderia colocar o destino em suas mãos. Eu tentei escrever a história do meu jeito e então foi tudo pelos ares, não tive tempo nem de ler as entrelinhas.
Enquanto cobria os olhos para me proteger da bagunça que o vento fazia, ouvia as pessoas dizerem: "Ele sabe o que faz!" e eu gritava em resposta: histórias estão sempre ao sabor do vento e, às vezes, ele é amargo.

Sabrina Davanzo

8 de ago. de 2011

Ocupado


Enquanto caço afazeres desnecessários
para entulhar a minha cabeça e não pensar em você,
meu coração se ocupa com uma única tarefa:
sentir a sua ausência.


Sabrina Davanzo

28 de jul. de 2011

Aviso




Vontade de instalar uma plaquinha aqui do lado do coração:
Cuidado ao entrar! Você pode me machucar.

Sabrina Davanzo


24 de jul. de 2011



Dorme cheia de convicções.
Acorda com incertezas.
Masca dúvidas o dia inteiro.
À noite, sabe direitinho o que quer.
Dorme cheia de convic....

Sabrina Davanzo


20 de jul. de 2011

Pra...


Pra sarar
Pra esfriar
Pro vento levar
: assopre


Sabrina Davanzo

19 de jul. de 2011

Silêncio

Tenho preferido os silêncios.
Depois de tanto falar o que devo, o que não quero... experimento me calar.
Agora, quero essa espécie de mudez consentida por fora e por dentro.
Chega de gritar aos quatro ventos o que foge dos meus pensamentos.
Chega de falar como especialista. Confesso: eu não sei nada. Sobre nada.
Estou em silêncio para ouvir o nada que está sendo dito pelos outros.
Quero ser vácuo, onde o som não se propaga.
Cansei de ecoar as coisas que eu não entendo.

No silêncio, (eu estou aprendendo) mora a paz.
Nas palavras não ditas se escondem os mistérios.

Eu não sei nada.
É delírio falar enquanto se está sonhando.
É quase um pecado.
Vou deixar o sonho vir e contar a sua história.

Depois eu falo. Ou não.
Tenho perdido a vontade de falar.
Tenho preferido os silêncios.

Sabrina Davanzo

10 de jul. de 2011

Passo a passo


Lição número 2 para ser feliz de verdade:

se você precisa correr atrás para estar com ele (a), desista.
O amor não é uma maratona.
As pessoas que se gostam se esperam
ou estão exatamente no mesmo lugar.


Sabrina Davanzo

Do lado de fora


Vez em quando a vida, alguém ou até a gente mesmo fecha uma porta e depois, por insegurança, medo, fraqueza (ou muito provavelmente tudo isso junto) voltamos para conferir se está realmente trancada ou se existe a possibilidade de entrarmos de novo e continuarmos ali, jogados no sofá (acomodados).
Encontrar a porta fechada é doloroso, mas é reconfortante também. É um alívio saber que não há mais nada a fazer a não ser ir embora sem o menor receio de estar deixando algo para ser vivido.
Uma porta fechada significa que é hora de encontrar outra aberta. Significa uma oportunidade de viver outras coisas, de adentrar outros cômodos. É a certeza de que deve-se esquecer as chaves extras, não tocar a campainha insistentemente.
Com a porta trancada, a gente pode ir sem dor e cheio de coragem. Nossas lembranças estarão guardadas para sempre do lado de dentro e lá fora os postes iluminam quem sai em busca de um lugar para ser bem-vindo. As ruas estão cheias de pessoas que desceram as escadas sem olhar para trás.
Há portas abrindo e fechando o tempo todo e, em algum momento, uma casa aconchegante vai estar de portas abertas nos convidando a entrar.

Sabrina Davanzo


7 de jul. de 2011

Passo a passo



Lição número 1 para ser feliz de verdade:
pare de achar que coisas mais ou menos são boas.
Pessoas, sentimentos mais ou menos serão sempre mais ou menos.
O que é bom nasce bom.


Sabrina Davanzo