6 de out. de 2009

Sem saída


Quando chegou ao final da rua, constatou que esta acabava em um precipício. Terminava sem dar a mão a outro caminho.
Sentiu um frio na barriga... Se até uma rua que foi feita para se emendar a outra, sem nuncar acabar, parou por ali, imagine as pessoas que a percorriam... Poderiam achar que era o fim para elas também. Não quis arriscar olhar lá embaixo. Teve medo de encontrar olhares perdidos. Virou-se e começou a percorrer o caminho de volta.
Ela compreendia que nem sempre o fim da linha, significava o seu fim. Passar novamente pelo mesmo lugar era uma forma de prestar atenção no que estava ao redor e talvez descobrir o que a fez buscar algo que não levava a lugar algum.

Sabrina Davanzo

2 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

MARAVILHOSO, Sabrina!
Serve de recado a tanta gente...

Um beijo pra você.
Na semana que vem,
encomendarei seu livro! : )

BAR DO BARDO disse...

Lição de/vida.