Cada pessoa que passa por nós representa um passo na nossa evolução. Cada uma, com seu jeito particular, traz uma lição que a gente deve gravar.
Na presença e na ausência (ainda mais) sempre há o que aprender com elas. Com Marias e Joãos a gente aprende a ser leve, ser livre, ser cult, nerd, romântico. Aprende a falar palavrão, algumas palavras em alemão, aprende a beber e gostar de comer coisas que gente nem conhecia.
Passamos de um amigo ao outro descobrindo como ser nós mesmos. A gente se encontra na parte de cada um que nos toca e nos apossamos dessa metade que nos completa.
Não importa quanto tempo duram estas aulas: uma vida toda, a infância, o início da adolescência, o horário de trabalho, estamos sempre aprendendo mesmo que, invariavelmente, algumas pessoas tenham que se ausentar (talvez para sempre), pois a vida é seletiva: para preenchê-la é preciso esvaziar-se.
Eu perdi muitos amigos ao longo do caminho, ganhei outros tantos, mas jamais me esqueci por completo de qualquer um deles. Mesmo que seja apenas pelo som de uma risada já distante, por uma cicatriz no joelho ou ainda pela cumplicidade há muito compartilhada, trago em mim a marca indelével de quem me ajudou a ser quem eu sou.
Sabrina Davanzo
2 comentários:
Amizade é alimento pra alma, né?
Este texto é uma fotografia de elevada resolução sobre a amizade. Literariamente perfeito. Li-o na página do Facebook da Maria João Correia.
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