25 de nov. de 2015

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O destino do rio é sempre o mar. Quilômetros adentro, cidades a fora, ele segue o único destino possível para sua existência.
O mar é assustador para um pequeno rio que nasce tímido entre as pedras, protegido dentro de uma mata. 
O mar é imensamente maior que as margens que o cercam e o confortam.
O rio tem de se acostumar com a ideia de que ele vai se tornar algo maior para não se apegar às paisagens que encontra ao longo de seu leito.
É preciso abandonar as pedras imóveis, soltar-se dos galhos e fluir sem medo, seguindo o seu caminho traçado na terra.  
Eu, como os rios, sou feita de mar. Sou imensidão de ondas e ressacas, a mais pura força da natureza. Às vezes, calmaria. Não tenho como fugir, meu único destino possível é e sempre será desaguar. 

Sabrina Davanzo 

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