Eu já não tenho mais sonhos de menina, ilusões de mulherzinha; não me imagino uma princesa no castelo, nem espero que encontrem meu sapatinho na escada e me salvem de uma vida entediada.
O que me resta, meu Deus, não é nada além dessa dura realidade de que as coisas são o que são. Que as pessoas não mudam porque a gente quer, que o sol não vai aparecer só porque marquei de ir ao clube no domingo.
Eu já parei de passar produtos milagrosos nos cabelos para mantê-los esticados, já parei de esconder a idade; não me engano mais com a ideia da eterna juventude. Então é isso, Deus? A vida é uma eterna aceitação. Desde a perda da nossa boneca preferida até o fato dos cabelos ficarem brancos. E ai da gente espernear. Revoltar, então? Pode não. Adianta nada!
Só para você saber o quanto eu me esforço, eu já deixei de lado também aquela mania de querer o que eu, por puro gosto seu, não posso ter. Mas fico me perguntando: abrindo mão tanto assim... o que vai restar do que eu quero para mim?
Sabrina Davanzo
4 comentários:
Poxa Sabrina... Chego a conseguir sentir a sua tristeza daqui. Quase consigo encostar nela. Enquanto seu leitor, gostaria de poder fazer alguma coisa para te alegrar, nem que fosse um pouquinho só.
Quem sabe você nota que é especial para um monte de gente e aceita isso também, na sua vida?
;)
Poxa Sabrina... Chego a conseguir sentir a sua tristeza daqui. Quase consigo encostar nela. Enquanto seu leitor, gostaria de poder fazer alguma coisa para te alegrar, nem que fosse um pouquinho só.
Quem sabe você nota que é especial para um monte de gente e aceita isso também, na sua vida?
;)
Aceitação e resiliência = um dom!
Traduz com perfeição o que sinto também!
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