8 de out. de 2012

s.o.s




Atirem-me ao mar! 
Ando tão cansada dessa segurança do convés, 
ela não me convém nenhum pouco. 
Quero agora experimentar as ondas, a temperatura da água, 
quero encarar o desconhecido. 
Atirem-me ao mar de possibilidades! 
Só não me deixem aqui, 
presa a esta tábua de salvação que nada oferece de arriscado. 
Atirem-me sem dó nem piedade 
que eu reúno forças e me viro, 
eu nado e nada poderá me deter, 
porque é no perigo e na aflição que a gente descobre 
a força e a vontade que tem de sobreviver. 

Sabrina Davanzo